Arquivo para Tag: Desemprego

Mercado de trabalho perde profissionais qualificados por conta da homofobia

“Professor australiano demitido após alunos descobrirem que ele é gay”. Infelizmente, manchetes assim ainda fazem parte do nosso cotidiano. Apesar do caso ter acontecido em 2017, na Austrália – país que aprovou recentemente a união entre pessoas do mesmo sexo, com 61% de aprovação – a realidade brasileira está longe de garantir direitos iguais à comunidade LGBT.

Reconhecida no Brasil desde 2011, a união de casais do mesmo sexo é um reflexo das conquistas desta parcela da população, e ao mesmo tempo evidencia a contradição acerca de tais direitos, já que o país lidera o mapa da violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Queer (LGBTQ+) e ainda demonstra preconceito em diversos setores da sociedade, como o mercado de trabalho, que em alguns casos ainda associa capacidade profissional à orientação sexual.

Para a estudante de Comunicação Jade Cangussu, esse comportamento por parte das empresas deve ser abolido. “O preconceito contra LGBTs no mercado de trabalho deve ser quebrado, assim como o conceito de que as tatuagens refletiam no comportamento dos profissionais ou de que mulher não pode atuar em determinadas profissões vem sendo extinto com o passar do tempo”, explicou a estagiária, declarando que a postura das empresas em não contratar homossexuais por conta da imagem diante do mercado é uma atitude infeliz, pois os eles possuem as mesmas capacidades que as demais pessoas.

Segundo o Relatório Brasil LGBT 2030, da empresa OutNow Global, apresentado no ano passado, aspectos como perda de produtividade, processos judiciais, desmotivação e alta rotatividade custam pelo menos US$ 405 bilhões/ano aos cofres brasileiros. Além disso, três em cada quatro entrevistados para o levantamento testemunharam algum ato homofóbico no ambiente de trabalho.

No estudo também foi revelado que cerca de um terço dos entrevistados assumem sua orientação sexual para os colegas de trabalho, e consequentemente, a parcela jovem é a mais preocupada quanto ao posicionamento das empresas em relação a isso, pois muitos estão em busca da primeira oportunidade. Este foi o caso do Ramom Habitsenther, que está no mercado há cinco anos e acompanhou algumas transformações através das empresas que trabalhou.

“Minha entrada no mercado de trabalho aconteceu em 2013, coincidindo com toda a descoberta em torno da minha sexualidade. Na época, comecei a trabalhar em uma empresa de telemarketing, que curiosamente é a porta de entrada para muitos LGBTs, talvez pelo fato de que não precisaríamos ser vistos, mas sim ouvidos”, disse o jovem de 23 anos, que após um período no setor ainda trabalhou na área comercial de uma escola de idiomas, onde não enfrentou preconceito no ambiente profissional, mas no externo. “Ouvi de diversas pessoas – incluindo da minha família – que lá não seria lugar para eu “soltar a franga”, porque para atender um cliente da maneira correta deveria ser mais masculino”, explicou o jovem, que atua como professor.

Fonte: http://www.outnow.lgbt/

Crise no mercado de trabalho

Era previsível que, em algum momento, a persistência da crise – com a atividade econômica em desaceleração, a inflação em alta e a credibilidade do governo cada vez mais corroída por sua incompetência política e administrativa – acabaria por romper a resistência do mercado de trabalho, que continuava a apresentar bons indicadores. O que não se podia prever é que, rompida como foi essa resistência, a deterioração fosse tão rápida e ampla como está sendo. O grande temor é o de que, mantida a tendência atual por um período longo, se percam os avanços observados entre 2004 e 2014, em termos de emprego, renda, condições de trabalho e melhora das condições de vida de milhões de brasileiros.

Dados que, desde o início de sua apuração na década de 1990, mostravam aumento do número de empregados e da parcela protegida pela legislação trabalhista, passaram a registrar crescimento cada vez mais rápido do desemprego e do desalento da população. A renda do trabalho, que vinha crescendo em valores reais há vários anos, o que estimulava o consumo e, assim, sustentava o crescimento da economia, agora cai. E, segundo alguns cálculos, a queda é mais acentuada do que a registrada em 2003, no início do primeiro governo petista – o de Luiz Inácio Lula da Silva –, quando a economia estava estagnada e a inflação era de 9% ao ano, como hoje, mas o desemprego era muito maior.

Quanto ao emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, que desde 1999 registra o número de empregos com registro em carteira profissional, aponta pela primeira vez na sua série saldos mensais negativos e sucessivos. Só neste ano, até maio, foram fechados 593,4 mil postos de trabalhos formais. É possível que o total de empregos formais extintos em 2015 alcance 900 mil.

O dado do Caged vai além da estatística, por si só já suficiente para mostrar a piora acentuada do mercado de trabalho. Ele aponta também para a deterioração da qualidade do mercado, pois a redução do número de empregos formais, que asseguram direitos e dão garantias aos trabalhadores, corresponde, em alguma medida, o aumento do número de trabalhadores informais, que não dispõem de nenhuma garantia e, muitas vezes, trabalham em condições precárias.

Para alguns economistas, os efeitos do desemprego e da queda da renda real sobre o consumo ainda estão subestimados. Se eles estiverem certos, o quadro ruim tende a piorar.

 

Fonte: Estadão

Quase dois terços dos brasileiros recorrem ao freelancer para fechar contas

A maioria dos brasileiros recorreu a trabalhos informais no primeiro semestre deste ano para conseguir sobreviver por causa da lenta retomada da economia e do emprego formal. Entre janeiro e junho, 64,4% dos trabalhadores fizeram bicos para equilibrar as suas finanças. É uma fatia bem maior do que a registrada no mesmo período do 2017, quando 57,4% foram atrás de trabalhos extras, aponta um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

Fazer bico para fechar as contas do mês ganhou importância especialmente entre as classes de menor renda. Neste caso, a pesquisa revela que 70% da população mais pobre foi em busca de trabalhos informais e eventuais para bancar o orçamento doméstico. “O bico é mais frequente nas classes de menor renda porque essas famílias não têm margem de manobra e já vivem no aperto”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Se alguém da casa fica desempregado, essa perda de renda afeta os demais membros da família que não têm como ajustar o padrão de vida para baixo, pois estão no limite. Por isso, recorrem a bicos.

 

Fonte: Exame

Desemprego atinge 13,1 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2018

No primeiro trimestre de 2018 (encerrado em março), a taxa de desemprego no país chegou a 13,1%, de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice aumentou em relação ao trimestre anterior (11,8%). O total de pessoas desocupadas foi de 12,3 milhões para 13,7 milhões, mais 1,4 milhões de desempregados no país.

Redução de 408 mil pessoas (- 1,2%) no total de empregados no setor privado com carteira assinada.

De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, neste período do ano é de se esperar um aumento da desocupação, por causa da dispensa de trabalhadores temporários, o que consequentemente aumenta o número de pessoas na fila da desocupação.

O IBGE aponta diminuição nos postos de trabalho na Indústria (2,7%, ou menos 327 mil pessoas), Construção (5,6%, ou menos 389 mil pessoas) e Comércio (2,2%, ou menos 396 mil pessoas).

 

Marketing multinível é um bom negócio?

Com o índice de desemprego alto, 13 milhões de pessoas desempregas no país, muitos trabalhadores apostam em nichos de mercado como alternativa de renda.

Um deles é o marketing multinível, modelo de venda direta que trabalha com a criação de uma rede. Esse tipo de venda consiste em oferecer produtos ao consumidor, pode ser presencialmente ou pela internet.

Como funciona como uma rede, você pode transformar amigos, famílias e desconhecidos em clientes, e eles podem também convidar outras pessoas a participarem.

O investimento é mínimo na compra de produtos, o que facilita no início das operações.

Se alguém estuda e entende que esse é um grande negócio, muito maiores são as chances de essas pessoas lutarem até ter êxito.